Gangues, sangue, intolerância e democracia nos EUA.
Sinopse: A história se passa em Nova York do século retrasado, uma cidade ainda em formação completamente tomada por gangues que atuavam nas mais variadas camadas e de diversas formas na sociedade. Amsterdam (Leonardo Di Caprio) é um jovem rapaz que não sabe sua própria idade e que perdeu o pai ainda quando criança em uma sangrenta batalha. Anos mais tarde, Amsterdam resolve voltar às “Cinco Pontas”, o local mais famoso da cidade na época, uma verdadeira visão do caos, em busca da sua vingança contra Bill, O Açougueiro (Daniel Day-Lewis), que havia matado seu pai, o padre Vallon (Liam Neeson).
O filme retrata uma atmosfera de desordem e violência: Nova York no final do século XIX, com a Guerra Civil criando milhares de mortos e inválidos, a emancipação dos negros, a chegada dos imigrantes, a corrupção e as famosas lutas entre as gangues, que eram como se fossem pequenas populações, cada uma com seu líder, seu porta-voz, que de certa forma era o controlador.
Podemos analisar o poder que as gangues exerciam sobre a cidade, elas a praticamente controlavam, é tanto que o papel da policia era subordinado às vontades das gangues, assim como a politica. Uma politica falsamente democrata e ilusória. Há uma cena que deixa bem claro a situação politica da época, a cena do dia da eleição em que as pessoas são praticamente obrigadas a votar e votam até mais de uma vez no mesmo candidato ou em um candidato diferente.
O poder dos meios de comunicação eram fortíssimos, como a professora comentou em sala de aula, se a foto de uma gangue saísse no jornal apenas uma vez aquilo teria um impacto enorme na população, enorme o suficiente para fazer políticos mudarem de lado.
No filme fica claro a diferença de classes, nesse sentido podemos estabelecer uma relação com o conceito de multidão, que seria praticamente 80% do elenco, ou seja, o "resto" da sociedade(prostitutas, saqueadores, operários, etc). Lembrando que na multidão não existe uma consciência coletiva, e sim uma alma coletiva. Esse resto da sociedade seria os capturados e as pessoas com dinheiro e poder seriam os capturadores.
Apesar de algumas falhas(mas não sou crítica de cinema), Scorsese fez um ótimo trabalho em Gangues de Nova York, especialmente na sua sua critica sobre como se deu a construção dos EUA.
Postado por Lígia Franco
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sexta-feira, 24 de setembro de 2010
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